Por que falamos?

Esta é daquelas perguntas requisitadas: a Vitória, o Tiago, e a Geovana, de 11 anos, e a Michele, de 12 (todos moradores de Caeté) e a Gabriela, que tem 9 anos e mora em BH, nos deixaram a pergunta aí de cima. Que nós falamos é fato. Mas por quê, afinal?

Sobre este assunto, quem explica para a gente é o professor Vitor Haase, do Laboratório de Neuropsicologia do Desenvolvimento da UFMG.

“Nós falamos para nos comunicar uns com os outros. E para aprender a falar, basta que a criança conviva com pessoas que falam alguma língua. Ela aprende espontaneamente a usar a língua que é falada em sua família. Só as crianças humanas conseguem articular os sons da fala, fonemas e sílabas que constituem a linguagem verbal.

Além do homem, outros primatas, como o chimpanzé, se comunicam através de linguagens sofisticadas, mas não tão sofisticadas como a nossa.

Mas por que as necessidades humanas de comunicação são tão especiais?

Bom, imagine só: Nós não somos mais fortes do que os outros animais. Somos até bem fraquinhos. Não temos couro grosso, garras ou presas afiadas. A nossa grande força é a nossa inteligência, que nos torna capazes de organizar grandes grupos, cooperar com as outras pessoas e viver em uma comunidade. Para fazer tudo isso precisamos nos entender muito bem, você não acha? à medida que o tamanho do grupo foi aumentando, as relações sociais se tornaram mais complexas. Brincando, a gente até poderia dizer que a fofoca foi uma das primeiras funções importantes da linguagem: avisar um amigo do perigo que ele está correndo, dar a dica de onde tem comida legal; obter informações sobre quem é um parceiro confiável e quem não é! Como você pode notar, a fala é uma forma muito rápida, flexível e eficiente de transmitir informações.”

Legal, né?

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